25 novembro 2015

Sobreviver...

Perdoei erros quase imperdoáveis.
Consegui substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Decepcionei-me com pessoas que pensei que nunca me iriam decepcionar.
Sorri quando não podia.
Fiz amigos eternos.
Chorei a ouvir música e a ver fotos.
Liguei a alguém só para ouvir a voz.
Houve alturas em que pensei que morria de tanta tristeza.
Já tive medo de perder alguém especial.
Mas sobrevivi!!!
E contínuo viva.
Aprendi que às vezes quem arrisca não perde nada, e por vezes perdendo também se ganha.

19 novembro 2015

#22 Hoje vou escolher a felicidade...

Hoje vou escolher só a felicidade, pois ela combina com tudo o que torna o meu sorriso charmoso.
Vou guardar o desânimo e vou libertar numa floresta todas as dúvidas que existem na minha cabeça.
Vou pentear o cabelo de uma maneira diferente. Vou esticá-lo e depois enrolá-lo de uma maneira que nunca fiz antes.
Vou sentar-me num banco de jardim e esperar sem ansiedade ou dúvidas, eu mesma chegar.
Vou dar-me um abraço demorado e vou perguntar-me sobre os meus interesses, para ver se ainda são os mesmos, aqueles que eram antes de surgirem as imposições do que era preciso ser feito.
Vou subornar o tempo e saltar sobre ele, e voltar aos dias onde as escolhas mudaram a minha vida. Vou olhar-me carinhosamente e puxar-me a um canto, e ao ouvido, contarei a mim mesma todas as verdades que descobri.
Vou usar o lenço, que utilizei para enxugar as lágrimas que chorei pelos amores errados, para limpar os vidros das janelas do meu eu, e depois, com a visão clara sobre as minhas aspirações, não vou aceitar migalhas para matar a fome que mora em mim.
Vou colocar no volume máximo as minhas músicas preferidas e vou dançar como uma doida, vou varrer para longe as minhas expectativas absurdas acerca dos outros.
Vou encerrar o meu amor próprio, que habita na floresta encantada do meu eu e vou ser dele a dona cativa, vou encher o peito e gritar "não" a tudo o que for contrário aos meus valores.
Vou fazer uma poção mágica para enfeitiçar o medo, e vou fazê-lo dormir por tempo indeterminado numa torre bem distante das minhas conquistas.
Vou fazer dieta do sofrimento, da autopiedade, da culpa e vou salgar a minha comida com uma pitada de coragem.
Vou jantar à luz das velas e vou caprichar na sobremesa para poder dividi-la com o meu eu mais animado.
Vou tomar um banho de espuma. 
Vou beber champanhe e brindar à minha vida e a todos os acasos e não acasos que me levaram a onde estou hoje. 
Vou abraçar o meu coração e adormecer. 
E de manhã, quando o sol nascer, vou sair pela porta de mãos dadas com tudo o que sou, e carregar comigo a certeza de que as minhas escolhas serão acertadas, porque têm em conta o que também é bom para mim.  

17 novembro 2015

#21 Hoje vou amar-me...

Hoje vou apaixonar-me por mim, por todas as minhas feridas e por todas as minhas tentativas falhadas. Irei rir-me dos meus erros, mas vou guardá-los no bolso para não repeti-los amanhã.
Hoje vou acordar mais cedo para ver o nascer do sol.
Vou subir ao telhado, como se fosse uma gata, e enquanto o dia nasce, vou tocar no céu com os dedos e balançar sobre a brisa da felicidade.
Vou vestir uma roupa bonita, uma que tenho guardada para ocasiões especiais e vou usá-la sem preconceitos. Vou sair e esquecer de propósito o pequeno almoço para depois me empanturrar com dias cheios de atenção.
Vou desligar o telemóvel e ouvir apenas o toque dos meus pensamentos. 
Vou fazer juras de amor ao meu coração e prometer-lhe que o vou ouvir atentamente todas as noites antes de adormecer.
Vou abrir o mapa do mundo e vou circular, vou visitar tudo o que gostaria de conhecer e fazer tudo aquilo que tenho vontade. Vou fazer agora, não vou deixar para depois. Porque o depois parece um saco sem fundo no qual atiramos todas as nossas vontades.
Vou deixar as obrigações urgentes e proporcionar-me a alegria de fazer o que bem entender.

12 novembro 2015

Eu...

Eu não sou tão forte quanto previa, nem tão fraca quanto temia.
Não tenho o passo rápido como gostaria, nem paraliso quando não devia.
Aprendi a equilibrar-me nos extremos.
Se não tenho o direito de escolher todos os acontecimentos posiciono-me de acordo com os factos.
No fim, o que me move não é forte o suficiente para me derrubar, mas é intenso o bastante para me fazer ir mais além.

05 novembro 2015

Saudade...

"Saudade tem rosto, nome e sobrenome.
Saudade tem cheiro, tem gosto.
Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.
Saudade é a vontade que não passa.
É a ausência que incomoda.
Saudade é o vazio que alguém deixou de preencher.
Saudade faz um dia parecer uma semana.
Saudade é a prova de que tudo valeu a pena.
Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."

04 novembro 2015

O que quero de mim?


Quero que sejas forte, que vás buscar a tua força e valentia e faças um esforço para continuares em frente.
Que aprendas a amar-te como és, que deixes de te julgar, de te odiar, que não te destruas mais, que sejas tu mesma.
Quero que não deixes que nada te derrube, te quebre ou te esmague.
Quero que te dês conta do quanto vales e acima de tudo quero que quando sorris, que seja um sorriso sincero.

02 novembro 2015

#20 É preciso abandonar as roupas usadas...

Existe um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, aquelas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos, aqueles que nos levam sempre aos mesmos lugares.
Chegou o tempo da travessia, e, se não tivermos coragem para o fazer, vamos ficar, para sempre, à margem de nós mesmos.